Complicações da diabetes: Especialistas no mundo alertam.

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Se cuide! Especialistas no mundo alertam sobre as complicações da diabetes

Nesse post explicamos quais são as principais complicações da diabetes e os seus fatores de risco, usamos como base as estatísticas de instituições especialistas em diabetes e saúde de moro geral. Vamos começar!

O que entender antes das complicações da diabetes

A Organização Mundial de Saúde classificada a diabetes como crônica (que se estende por períodos superiores a seis meses) e não transmissível. Pra entender melhor essas classificações vamos explicar o significado delas.

Doenças crônicas não transmissíveis são aquelas que vêm se desenvolvendo, como comentamos aqui em cima, durante períodos maiores de tempo, por diversos fatores. Elas também não podem ser transmitidas para outras pessoas, como uma gripe por exemplo.

Mas a diabetes não está sozinha nesse grupo, podemos encontrar também pressão alta, artrite, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias obstrutivas (como a bronquite), asma e neoplasias (cânceres). É comum que essas doenças compartilhem diversos fatores de risco entre si como: hereditariedade, tabagismo, ingestão de álcool, má alimentação e consequentemente a oferta insuficiente de nutrientes, sedentarismo, estresse entre outros.

Vale ressaltar que nem sempre uma patologia se apresenta sozinha, não é raro encontrarmos pessoas que além da diabetes precisam lidar com pressão alta, e colesterol elevado. Falando sobre isso fizemos um post falando sobre essa relação entre o peso corporal e a diabetes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, há em média 13 milhões de brasileiros vivendo com diabetes atualmente, e isso representa quase 7% da nossa população.

Como nem sempre essa é uma doença que apresenta sintomas facilmente detectáveis, não é difícil encontrar pessoas que recebem o diagnóstico tardiamente, o que pode favorecer o aparecimento dessas complicações da diabetes.

Ao longo dos anos, diversos mitos sobre essa patologia foram sendo criados e alimentados e como falamos inicialmente, a informação é uma ótima ferramenta para nos ajudar a prevenir e a  buscar o tratamento adequado junto aos profissionais de saúde.

Sendo assim, vamos entender rapidamente como funciona tudo isso no nosso corpo.

 E como o corpo trabalha o açúcar?

Basicamente, quando ingerimos alimentos, eles se transformam em moléculas bem pequenas, isso para que o nosso corpo seja capaz de utilizá-las. Uma dessas pequeninas moléculas é a glicose, que é fonte de energia para o organismo e deve ser levada para dentro da célula.

Quem participa desse processo é um hormônio chamado insulina, porém, em alguns casos, o organismo não consegue produzir insulina ou se consegue, faz isso em quantidades insuficientes para atender nossas necessidades. Quando esses casos acontecem ficamos com uma grande quantidade de açúcar circulando na corrente sanguínea e se esse quadro permanece por longos períodos sem tratamento, pode trazer as sérias complicações da diabetes, das quais falaremos mais a diante.

Diabetes gestacional

Pode acontecer ainda uma condição específica da gravidez chamada de diabetes gestacional, que basicamente, é a elevação dos níveis de glicose na corrente sanguínea durante a gravidez.

Segundo a ADA (American Diabetes Association), as causas para o diabetes gestacional ainda não estão bem definidas, mas de qualquer maneira, o cuidado é super importante e deve acontecer o mais rápido possível a fim de evitar complicações futuras.

Normalmente tudo volta ao normal após o nascimento do bebê.

Pré-diabetes

Há ainda o que conhecemos por pré-diabetes, que é uma condição de hiperglicemia (altos níveis de açúcar no sangue) e que na maioria das vezes pode ser tratada com alimentação adequada, exercícios físicos e/ou da melhor maneira que o profissional e paciente decidirem durante a consulta.

Mas veja bem, esse é um sinal amarelo para o diabetes e um convite para rever nossos hábitos de vida.

A boa notícia é que essa condição é passível de tratamento. Por isso mesmo é tão importante cuidar da saúde e estarmos atentos a nós mesmos e aos sinais que o corpo nos dá. Desta forma, conseguimos prevenir e tratar doenças ainda durante seus inícios.

Porém, quando esse cuidado não vem no momento mais adequado e sabemos, isso pode acontecer por diversos motivos, a doença segue um curso de piora.

Nosso alerta é porque quando não nos importamos o suficiente para seguir o tratamento proposto pelos médicos, ficamos expostos as complicações da diabetes.

Vamos colocar uma lupa especificamente no que a diabetes mellitus pode provocar, quando o paciente não se cuida.

E quais são essas complicações da diabetes?

De acordo com a IDF – International Diabetes Federation ou Federação Internacional de Diabetes, diabéticos tem probabilidade de desenvolver complicações crônicas como doenças vasculares, doenças cardiovasculares. Podendo ter os olhos, rins e o sistema nervoso afetados, por isso o acompanhamento regular é fundamental.

Segundo a EASD – European Association for the Study of Diabetesa possibilidade de em algum momento sofrer com alguma complicação existe, mas vale lembrar  que isso não é regra.

Então nem todas as pessoas que vivem com diabetes apresentarão as complicações que listaremos a seguir. A intenção é justamente prevenir para que quem amamos não precise lutar nessa batalha.

Complicações oculares

A diabetes acelera a catarata
A diabete pode favorecer doenças como o glaucoma e a catarata.

Pessoas que vivem com diabetes tem maiores chances de apresentar doenças oculares, sejam elas de menor ou maior gravidade. Algumas delas podem ser: catarata, glaucoma, retinopatia diabética e até mesmo cegueira. Fique calmo porque vamos traduzir esse blá blá blá.

 Catarata

A catarata é a perda de transparência do cristalino, que é uma espécie de lente natural do olho que fica atrás da íris. Segundo a Organização Mundial de Saúde, essa complicação é responsável por mais de 40% dos casos de cegueira no mundo todo.

De acordo com a ABCCR – Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, a causa mais comum dessa doença é o envelhecimento desse cristalino, que normalmente ocorre em pessoas com idade mais avançada, por isso, é relativamente comum ouvirmos falar sobre catarata em idosos.

No entanto nas pessoas que vivem com diabetes a catarata pode se manifestar mais cedo, logo, podemos encontrar pessoas jovens com essa complicação. Infelizmente, para diabético ela pode progredir mais rapidamente que a catarata senil (que acontece nos idosos) segundo estudo divulgado pela ANAD – Associação Nacional de Atenção ao Diabetes.

O sintoma mais comum é a visão turva, embaçada, que pode se agravar e piorar com o passar do tempo se não for diagnosticada. O tratamento mais comum para a catarata é a cirurgia, converse sempre com seu médico para decidir sobre a melhor opção de tratamento para você.

Glaucoma

Outra doença que pode aparecer em decorrência do diabetes (com 40% mais chances em diabéticos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes) é o glaucoma.

O glaucoma está relacionado com a pressão do olho, e ainda segundo a SBG, com o passar dos anos, a doença danifica as fibras do nervo óptico.

O sintoma mais comum é a diminuição da visão periférica, ou seja, a pessoa vê o que está a sua frente, mas tem dificuldades para enxergas as laterais, como se estivesse vendo através de um tubo.

Neste caso, o tratamento pode ser medicamentoso, com colírios ou com cirurgia.

Retinopatia diabética

Agora vamos entender um pouquinho a retinopatia.

Como falamos anteriormente, a hiperglicemia (taxas altas de açúcar no sangue) pode afetar o sistema de vasos e irrigação sanguínea, ou seja, o sangue não chega adequadamente aonde deveria.

A retina necessita constantemente de sangue, esse sangue chega através de uma rede de vasos bem pequena, porém, com o passar do tempo, os níveis constantemente altos de açúcar no sangue podem prejudicar bastante esse processo, podendo originar o que chama-se de retinopatia diabética.

A retinopatia pode apresentar-se em fases e basicamente em cada fase, a parte vascular é cada vez mais comprometida, podendo piorar gradativamente e levar a perda da visão.

É importante ressaltar que, de acordo com a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), nem sempre haverá sintomas claros, portanto, como já falamos anteriormente, é fundamental observar o próprio corpo, bem como o que acontece de diferente nele, além disso, consultas regulares com médico oftalmologista, pois a retinopatia pode levar a cegueira.

 A melhor maneira de prevenir a retinopatia é manter níveis adequados de açúcar no sangue.

Complicações renais

As complicações renais da diabetes

Pra entender melhor essa categoria de complicação, vamos explicar rapidamente para que servem nossos rins e como funcionam os processos da urina.

Basicamente, após a digestão, nosso corpo absorve o que for “útil” para nossas células, como proteínas e glicose.

O que não for utilizado será descartado e alguns desses resíduos a serem descartados vão compor a nossa urina.

Os rins tem função de filtrar e depurar o sangue, ou seja, fazer a limpeza. Quando os rins não funcionam corretamente, esse processo não acontece da maneira mais adequada e algumas dessas substâncias que deveriam ser eliminadas se acumulam enquanto substâncias que deveriam ser utilizadas pelo corpo, são eliminadas.

O diabetes pode danificar os vasos dos rins, atrapalhando sua capacidade de filtração. Além disso, devido a essa alteração, há perda de proteína na urina, que caracteriza a nefropatia diabética como descreve a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Quando a nefropatia está em estágio mais avançado e há perda renal significativa e podem ser necessárias sessões regulares de hemodiálise ou até mesmo transplante.

Outro fator que pode contribuir para o aparecimento e evolução da nefropatia é a pressão alta, por isso, novamente, é fundamental tomarmos consciência de que somos seres integrais e desta forma, nos cuidarmos como todo e não somente olhar um aspecto.

Complicações Vasculares

O medo do pé diabético.

Os pés e membros inferiores também podem sofrer as consequências do diabetes.

Isso ocorre em função do comprometimento dos nervos e fluxo sanguíneo reduzido na região, o resultado disso é a diminuição da sensibilidade na região.

Com a perda da sensibilidade, segundo a ADA (American Diabetes Association), diminui também a percepção de frio, calor, dor e demais sensações, ou seja, pode ocorrer um machucado e a pessoa demorar a perceber a lesão e quanto mais tempo passa, a situação pode se agravar a tornar a cicatrização cada vez mais difícil.

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E as amputações?

Como dissemos acima, a diminuição da sensibilidade e a cicatrização mais lenta, podem contribuir para que a situação se agrave, tendo conclusão em úlceras e infecções de difícil tratamento. Esses processos podem levar a necessidade de amputação em casos mais extremos.

É importante estar atento à saúde dos pés e membros inferior, utilizar calçados adequados e tomar os devidos cuidados.

Complicações Neurais

A neuropatia diabética atinge os nervos que, para quem não sabe, são responsáveis por transmitir mensagens elétricas por todo corpo. Quando diminuída essa capacidade o modo como sentimos (ou não sentimos) as sensações é afetado diretamente.

Podem haver sintomas como dores, formigamento e perda da sensibilidade nos pés, mãos, braços e pernas – o que é chamado de neuropatia diabética periférica, ou seja, quando as extremidades do corpo são comprometidas.

Inclusive, nós recolhemos o depoimento de uma pessoa que conseguiu melhorar muito esse problema.

“As pontas dos meus dedos que viviam dormentes devido a oscilação da minha glicemia, hoje, não existe mais!”

Para ver o vídeo completo com o depoimento dessa solução que o Francisco encontrou é só clicar aqui!

Outros sistemas do corpo também podem ser comprometidos pela neuropatia diabética e os sintomas podem variar de acordo com o sistema em questão, as possibilidades incluem dormência, menor sensibilidade à temperatura, formigamento, dor, fraqueza muscular, disfunção erétil entre outros.Segundo estudo publicado pela Revista da Dor, a neuropatia diabética é a complicação microvascular mais prevalente em pacientes diabéticos.

Vale a pena lembrar que o hábito de fumar pode afetar e muito a saúde vascular, isso contribui para a piora desses sintomas, portanto, é um bom momento para repensar sobre o  hábito do fumo, caso o tenha.

Se cuide!

Como já dissemos anteriormente, nem todas as pessoas diagnosticadas com diabetes irão necessariamente experienciar suas complicações. Para evita-las é fundamental se comprometer com o seu tratamento.

Vigie de perto a si mesmo e a sua saúde, melhore seus hábitos alimentares, realizando práticas de saúde mental e evitando atividades causadoras de estresse. Vamos todos, diabéticos ou não, praticar atividade física (sob orientação evidentemente) e fazer visitas eventuais ao médico.

Pra buscar o melhor para o seu dia-a-dia o melhor conselho que podemos dar é:

Se cuide bem meu amigo!

Paulo-Santos
Dra. Tainá da S. B. Manzatto

Sou a Tainá, nutricionista formada pelo CEUNSP e pós-graduada na área clínica.
Agora minhas buscas por conhecimento me trouxeram para a Austrália, onde continuo me dedicando a minha paixão por alimentação, saúde e tudo que permeia nossa relação com a comida. A escrita é um amor antigo que me acompanha desde sempre e poder unir as duas coisas é incrível.
Também bailarina clássica, amante de viagens, livros, comida, bom papo e café. Vai ser um prazer dividir conhecimento com vocês!