Fevereiro roxo: 5 hábitos para NÃO ter o diabetes tipo 3!

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Você já foi contagiado pelo espírito do fevereiro roxo? Não? Sim? E você sabe o que é o fevereiro roxo?

Esse evento internacional foi criado para conscientizar o mundo sobre a fibromialgia, doença que atinge 5% dos pacientes que vão ao clínico geral. Também o lúpus que hoje, mata 4,76 a cada 105 habitantes do Brasil e o Alzheimer que segundo estudos, vai ser o diagnóstico de 152 milhões de pessoas até 2050.

Mas o que isso tem a ver com a diabetes? Para responder essa pergunta, leia esse texto, conheça sobre a diabetes tipo 3 e o alvoroço que ela tem feito entre os pesquisadores.

Conscientização

Outubro rosa, novembro azul, fevereiro roxo! O mundo inteiro participando desse eventos e muitas pessoas se perguntando o para quê de tudo isso.

A resposta não poderia ser mais simples meu amigo.

Essas datas foram criadas para que a gente se lembre de que existem pessoas vivendo com as mais diversas doenças.

Se não temos ninguém doente a nossa volta, é comum simplesmente se esquecer de ir ao médico, de prestar atenção nos sinais e sintomas e de se prevenir.

Então essas datas têm como principal objetivo trazer o cuidado para nossa consciência.

Na maioria das vezes, quando diagnosticamos as doenças no começo delas, temos chances de cura muito maiores.

O tratamento de doenças é muito mais bem sucedido quando se descobre o que está acontecendo logo de início, isso mesmo no caso de doenças que não tem cura.

Fevereiro Roxo

A campanha do fevereiro roxo foi criada no ano de 2014 em Minas Gerais para conscientizar a população sobre três doenças: fibromialgia, lúpus e Alzheimer.

Você pode estar se perguntando: o que essas doenças têm em comum?

Essas são doenças que ainda não possuem cura conhecida pela medicina tradicional. Também é importante saber sobre a existência dessas doenças porque o diagnóstico precoce, como eu já disse faz toda a diferença;

O lema dessa campanha é: “Se não houver cura, que haja no mínimo conforto” E o que isso quer dizer?

Quer dizer que mesmo sem cura conhecida para a doença, a pessoa tem o direito de ter qualidade de vida, de viver bem mesmo com a doença.

Por isso vamos entender um pouquinho melhor cada uma dessas doenças.

1.      Fibromialgia

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A fibromialgia é uma síndrome que pode aparecer no corpo todo e de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 7 a 9 em cada 10 pessoas com fibromialgia são mulheres e a idade em que a doença costuma aparecer é entre os 30 e 60 anos.

Como você já sabe, ela é um dos motivos para a conscientização durante o fevereiro roxo.

Ainda não se sabe exatamente o que causa a fibromialgia, mas as pesquisas mais recentes mostram que pessoas com a doença tem maior sensibilidade a dor.

Então, o que acontece em alguém com fibromialgia é que mesmo sem uma lesão no corpo, o paciente sente dor.

Como eu já disse, a fibromialgia não tem cura conhecida, mas hoje os pacientes conseguem ter uma ótima qualidade de vida!

Existem diversas terapias que podem colaborar no tratamento, entre eles a suplementação vitamínica é um dos mais novos.

É importante consultar o médico para que ele faça seu diagnóstico corretamente e vocês decidam sobre o melhor tratamento.

Os principais sintomas são:

  • Dores pelo corpo
  • Cansaço
  • Fadiga
  • Sono não reparador (aquele em que você dorme, mas acorda cansado)
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Alterações de memória e da função intestinal.

Um sintoma bem característico é a dor quando alguém toca a musculatura da pessoa com fibromialgia.

A fisioterapeuta Iracema escreveu uma matéria falando sobre a Fibromialgia e os melhores tratamentos para essa doença, vale a pena dar uma olhadinha!

2.      Lúpus

O lúpus, também lembrando no fevereiro roxo, é uma doença inflamatória, crônica (pode se estender por toda a vida) e autoimune (o corpo ataca a si mesmo) que pode atingir pessoas de qualquer sexo e idade, porém, observa-se que a quantidade de casos da doença é maior em mulheres.

Os sintomas do lúpus podem aparecer lenta ou rapidamente a velocidade das complicações dele dependem muito da fase em que a doença estiver.

O lúpus pode causar terríveis complicações quando fica sem cuidados. Um exemplo disso é o cantor Seal.

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O pessoal do Minha Vida escreveu uma matéria falando sobre ele e outros artistas que sofrem com lúpus.

Muitos conhecem seus sucessos como “stand by me”.

As cicatrizes no rosto do cantor são inclusive marcas causadas pelo Lúpus, ele foi diagnosticado com a doença aos 21 e contou que além das cicatrizes acabou perdendo os cabelos por conta da doença.

Os sintomas são:

  • Cansaço
  • Desânimo
  • Febre baixa
  • Perda de apetite
  • Emagrecimento
  • Inflamação na pele
  • Manchas avermelhadas
  • Sensibilidade a luz solar
  • Dor com ou sem inchaço nas juntas
  • Inflamação das membranas que envolvem os pulmões e o coração
  • Inflamação dos rins
  • Alterações de comportamento
  • Anemia
  • Diminuição do número de plaquetas

Não significa que todas as pessoa com lúpus vão passar por todos esses sintomas.

Alguns deles são mais comuns, como a inflamação de pele por exemplo e é possível que em alguma fase da doença a pessoa passe por isso, mas felizmente nem todos vão experienciar todos essas situações.

Para diagnosticar o lúpus existem exames que podem ser solicitados pelo médico, que vai analisar os resultados, juntamente com os sintomas clínicos do paciente para aí sim fazer o diagnóstico.

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O lúpus, assim como a fibromialgia pode ser manejado clinicamente, ou seja, ter seus sintomas controlados, visando qualidade de vida para o paciente.

3.      Alzheimer

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Essa doença foi descrita em 1906 por um psiquiatra alemão com o sobrenome Alzheimer, que dá nome a ela.

O Alzheimer é uma doença degenerativa, também sem cura conhecida. Sua principal característica é a perda de memória e atenção, mas há também a perda de outras funções cognitivas como comunicação verbal, escrita e o comprometimento da orientação.

A ABRAZ – Associação Brasileira de Alzheimer, estima que no Brasil haja cerca de 1,2 milhões de pessoas vivendo com a doença, mas muitas delas ainda sem o diagnóstico. Essa é uma das doenças mais preocupantes lembradas durante o fevereiro roxo.

O que acontece no Alzheimer?     

Durante essa doenças pequenos fragmentos de proteínas chamadas beta-amiloides se acumulam formando placas.

Depois disso, pequenas estruturas vão se “desgrudar” dessas placas, e essas pequenas estruturas começam a atacar e intoxicar os neurônios.

Com isso os neurônios perdem a capacidade de sinapse, ou seja, a capacidade de se comunicar. Esse processo é o que por fim causa a perda de memória.

O Alzheimer é uma doença que atinge principalmente pessoas idosas. O número de pessoas afetadas pela doença só aumenta e isso acontece principalmente por causa envelhecimento da população.

Alzheimer e Diabetes

Você pode estar se perguntando o que é que uma coisa tem a ver com a outra.

Pois é a mesma pergunta que os pesquisadores se fizeram e que os fez começarem a estudar. Afinal, o que o Alzheimer tem alguma coisa a ver com o açúcar?

Foi á partir desse questionamento que se criou o termo Diabetes tipo 3.

Esse termo serve para o estudo sobre a resistência à insulina no cérebro.

As pesquisas agora tentam entender melhor a relação entre a diabetes, o cérebro e doenças cognitivas (dificuldade de processar informações, raciocínio, memória e etc.) como o Alzheimer.

Esse termo bastante novo, não é totalmente aceito e reconhecido na comunidade médica, mas é um caminho que relaciona a diabetes com doenças cognitivas, dentre elas, o Alzheimer.

O que os pesquisadores concluem é que o Alzheimer faz com que o cérebro também fique resistente à insulina e assim, o órgão tem dificuldade de absorver a glicose.

O nossa genética é um dos principais fatores para desenvolvimento da doença só que o nosso estilo de vida também é tão importante quanto.

Por isso eu separei a lista com os 5 hábitos que você deve ter para se manter bem longe do Alzheimer e principalmente diabetes tipo 3.

5 hábitos para afastar o Alzheimer no fevereiro roxo no ano inteiro.

Hábito 1 – Alimentação blindada!

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A alimentação saudável pode te ajudar a prevenir um montão de doenças e ainda ajuda na saúde cerebral.

Eu vou te mostrar agora alimentos que não podem ficar de fora da sua rotina alimentar se você quer turbinar a saúde do seu cérebro.

Eu quero dizer que você não precisa ter medo das gorduras, elas podem contribuir muito positivamente na sua saúde.

O que você precisa é aprender a escolher boas fontes de gordura e alinhar com seu nutricionista a melhor quantidade para você.

Esses aqui embaixo são alguns exemplos de alimentos com gorduras boas para incluir na sua dieta:

  • Abacate
  • Azeite de oliva
  • Óleo de linhaça
  • Castanhas: amêndoas, nozes, castanha-do-Brasil, castanha-de-caju, avelã
  • Sementes: girassol, gergelim, linhaça
  • Peixes rico em ômega 3 como a sardinha e o salmão
  • Castanhas

Outro grupo de alimentos que ajudam com a memória são as frutinhas roxas. Elas são ricas em antocianinas! O açaí e jabuticaba são algumas delas. Delícia né?

O vegetais verde-escuros são amigos para toda hora. É bom que você inclua na alimentação a couve, espinafre, rúcula e brócolis.

Chocolate é uma delícia! Mas aqui eu estou falando daquele chocolate com boas concentrações de cacau está bem? Aquele á partir de 70% de cacau, porque o cacau é o responsável pelos benefícios do chocolate.

Além disso, a alimentação deve ser completa sempre.

O corpo precisa de nutrientes diferentes para funcionar, então faça boas escolhas dentre os carboidratos, proteínas, frutas, inclua fibras, tome água e alinhe tudo com seu médico e nutricionista.

Hábito 2 – Atividade física.

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Durante a atividade física nós temos a liberação de endorfinas que além de nos darem aquela sensação gostosa de bem estar, ajudam a nossa memória.

Além disso, colaboram para manter os níveis de glicose no lugar. Só coisa boa!

Mas antes de sair por aí se exercitando, converse com seu médico e um educador físico para que eles liberem a prática para você.

Além disso, já ficou comprovado que a obesidade está diretamente ligada ao diabetes. Porque a gordura nos tecidos, principalmente abdominais, contribui para a resistência à insulina.

O que acontece é que essa gordura serve como uma barreira que impede a insulina de chegar no lugar onde ela deveria, que seria na célula gerando energia para o corpo.

Hábito 3 – Estimule sua mente

Exercitar o corpo é fundamental, mas o que você tem feito para exercitar a sua mente?

Em tempos de mídias sociais, perde-se muito tempo e neurônios na frente das telinhas. Quando de repente, esse seria um bom momento para fazer atividades que exercitem sua mente como jogos e livros.

Reveja seus hábitos mentais. Leia, participe de jogos, desenvolva novas habilidades e faça exercícios para a mente!

Hábito 4 – Durma bem

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O sono prejudicado é um dos principais temas de debate entre os médicos e seus pacientes. Isso porque a maioria dos paciente não entende a importância do sono.

Nosso corpo não se cansa à toa, isso eu posso garantir. A bateria precisa ser carregada. Além disso, durante a noite o corpo continua trabalhando para que tudo recomece no dia seguinte, uma preparação para o trabalho que está por vir.

Já são vários estudos feitos com diabéticos e a privação do sono.

Gosto de destacar o que foi feito pela doutora Esther Donga da Universidade de Leiden na Holanda. Para detectar o problema ela precisou restringir o sono de grupos de diabéticos para apenas 4 horas por uma noite.

Os números da glicose sofreram drástica alteração! Ela descobriu que dormir mal não só altera os valores da glicose como o contrário também. A glicemia descontrolada também te faz dormir mal.

Inclusive, veja esse relato de três diabéticos de longa data que conseguiram se livrar da glicose alta.

Por isso, respeite seu horário de sono. É muito bom ter uma pequena rotina para acostumar o corpo para as horas de atividade e de descanso.

Hábito 5 – Controle o estresse

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Quando o estresse se torna patológico, ele pode atrapalhar a sua vida de diversas maneiras, inclusive a sua saúde cerebral além é claro, da sua saúde emocional.

Se o estresse está demais, num ponto que te atrapalha, é hora de procurar ajuda para tudo voltar para o lugar.

É comprovado cientificamente que o estresse aumenta a produção do hormônio cortisol causando aumento dos índices glicêmicos.

E falando sobre interagir com outras pessoas. É fundamental se manter ativo e conversar com as pessoas, seja no trabalho ou em atividades de lazer.

A troca de ideias e pensamentos é muito valiosa para a nossa saúde.

Palavra da Nutri

Como profissional de saúde, acredito que as campanhas de saúde de forma geral são fundamentais para esclarecer e lembrar a população sobre doenças que são deixadas de lado.

Já tive a oportunidade de trabalhar por muitos anos em campanhas como outubro rosa e novembro azul e fazer a informação chegar até as pessoas pode salvar a vida dela, afinal, com informação, a gente pode prevenir.

Lembre-se de fazer boas escolhas alimentares e olhar com carinho para o seu estilo de vida. Sempre tem algo que pode ser melhorado para que você viva feliz e saudável.

Gostou dessa matéria? Então baixe nosso guia definitivo com o que o diabético pode ou não pode comer.

Paulo-Santos
Dra. Tainá da S. B. Manzatto

Sou a Tainá, nutricionista formada pelo CEUNSP e pós-graduada na área clínica.
Agora minhas buscas por conhecimento me trouxeram para a Austrália, onde continuo me dedicando a minha paixão por alimentação, saúde e tudo que permeia nossa relação com a comida. A escrita é um amor antigo que me acompanha desde sempre e poder unir as duas coisas é incrível.
Também bailarina clássica, amante de viagens, livros, comida, bom papo e café. Vai ser um prazer dividir conhecimento com vocês!